A vontade de mostrar o corpo é a grande aposta dos estilistas do momento. Como se as mulheres, depois de um tempo isoladas, sem festas ou encontros, quisessem aproveitar todas as ocasiões para celebrar suas curvas, sua saúde, seu poder de seduzir. Ainda que por cima venha um sério blazer de alfaiataria… por baixo o que resta é um pequeno top.

Fotos: Nensi Dojaka, G. Valli, Dior, Michael Kors

Eles vieram para ficar. E, pelo que parece, por um bom tempo. Usar uma roupa inteira de uma cor – e não uma cor qualquer, mas vibrante, feminina, que não passa despercebida – é uma declaração de estilo. Uma declaração de amor à moda e às cores escolhidas. É abraçar aquela cor sabendo que ela irá te representar dos pés à cabeça. As nossas marcas brasileiras já estavam lançando monocromáticos vibrantes mesmo antes dessa temporada, para nós era uma trend esperada. Mas o interessante de ver essa aposta nas passarelas é pensar que não é uma moda passageira… e que iremos colorir ainda muito mais nossos guarda-roupas.

Fotos: Dior, Miu Miu, Prada, G. Valli.

O vermelho merece uma citação à parte porque a presença dessa cor foi bem interessante em algumas marcas. Apareciam apenas em um ou dois looks mas já marcavam presença em marcas diferentes. Como se diferentes designers quisessem nos chamar atenção para a volta dessa cor. Ainda que a tendência tenha aparecido em poucos looks foi o que bastou para que ficássemos ligadas. Porque o vermelho total é bem forte, traz um poder nada sutil, e não é para qualquer estilo ou situação. Será que esse look pega por aqui?

Fotos: Balmain, Carolina Herrera, Saint Laurent, Valentino

Muitos estilistas decidiram trazer looks que deixam nossa pele à mostra… por todos os lados. Não basta um decote, não basta uma fenda. São recortes que avançam pelo design da peça até que o corpo todo quase seja desnudado. Literalmente. As marcas não economizaram ousadia e, claro, os criativos apostam que as mulheres entrem nesse clima. Por isso talvez os blazers para colocar por cima (se for o caso).

Fotos: G. Valli, PatBo, Stella McCartney, Balmain

Porque queremos festa, né? Ainda não dá para dizer que a pandemia acabou, mas temos um cenário mais favorável para começar a pensar nisso. E a moda não deixou de nos lembrar que um vestido que balança, uma pluma, uma franja nos transmitem celebração. Marcas com origens e propostas diferentes se renderam a esses looks festivos. Algo que muda de cor, que tem textura, que dança com a gente. Para isso servem franjas e plumas.

Fotos: PatBo e Prabal Gurung.

As modelagens volumosas já estavam em alta nas últimas temporadas, principalmente nas mangas, mas agora as saias vieram com destaque. A cintura marcada faz com que as peças fiquem ainda mais rodadas, nos lembrando daquele estilo ladylike dos anos 50. Puro romance.

Fotos: G. Valli e Emilia Wickstead

Amor pela moda é amor por marcas, né? Nada que se compare ao que aconteceu no fim do século passado, mas Versace, Fendi e Chanel, super clássicas e não menos queridinhas, decidiram abusar dos logos. Versace e Fendi ainda foram mais longe e criaram a Fendace, uma marca híbrida, mistura das duas, que desfilou numa passarela surpresa em Milão. Nas vitrines brasileiras temos visto muita logomania em bolsas nacionais e internacionais. Será que vamos querer os logos nas roupas também? As passarelas apostam, mas o que pega ou não é sempre um mistério.

Fotos: Chanel e Fendi

Minissaias vão e vêm do nosso guarda-roupa mas desta vez tiraram qualquer possibilidade de lembrarmos das nossas mídis (quem lembra?). Algumas minissaias, como as da Miu Miu, são na verdade microssaias. Além de serem ultracurtas tem cintura baixa. Nos fazem lembrar as trends do começo do século, bem Paris Hilton. Estamos curiosas para ver como as mulheres brasileiras vão interpretar essa trend.

Fotos: Dior, Miu Miu, Prada, G. Valli.