Semana de Alta-Costura: a estética ultrafeminina domina

25/01/2024 - por Izabella Toledo (@izabellatmelo)

Laços, brilho, vestidos fluidos… traços hiperfemininos ganharam as passarelas de Paris nessa quarta-feira (24)

Fotos: Vogue Runway/Reprodução

No terceiro dia de desfiles de alta-costura, o primeiro grande show foi por conta de Elie Saab, que estabeleceu o tom do dia: feminilidade ao extremo.

Confira alguns destaques:

Elie Saab

Fotos: Vogue Runway/Reprodução

Conhecido por suas criações cheias de bordados, rendas e aplicações, o designer libanês explora, em mais uma temporada, a feminilidade.  

Capas, caudas e mangas de sino concederam uma cara de realeza aos looks e vestidos longos fluidos e uma delicada paleta de cores deram ares de encantamento ao desfile e, dos 64 looks, apenas seis deles eram sólidos, sem ornamentos.

Nossa founder Lelê Saddi conferiu o desfile de perto e, para ela, o que chamou a atenção foi a feminilidade da coleção, que foi, ao mesmo tempo, forte e suave. Isso foi possível graças ao equilíbrio de Saab, que trouxe fluidez nas peças, marcou a cintura e utilizou uma paleta de cores mais fechada.

Jean Paul Gaultier

Fotos: Vogue Runway/Reprodução

Desde 2020, quando Jean Paul Gaultier se aposentou das passarelas, a etiqueta homônima convida um designer para criar a coleção de alta-costura de cada temporada. Depois de Chitose Abe, Glenn Martens, Olivier Rousteing, Haider Ackermann e Julien Dossena, quem assinou o conceito da casa dessa vez foi Simone Rocha — a primeira mulher a compor o quadro.

A irlandesa, que é conhecida por equilibrar elementos ultraromânticos com o utilitarismo, combinou seu estilo a peças do arquivo da casa francesa (inclusive o eterno sutiã cônico de Madonna), elevando as duas identidades a outro nível.

Com muitos laços, transparência, cinturas bem-marcadas e quadris largos, Rocha provou ser o match perfeito com a marca que, nas mãos de seu fundador, tinha um toque subversivo. Com Simone Rocha, a mulher-Gaultier é, ao mesmo tempo, doce e forte.

Valentino

Fotos: Vogue Runway/Reprodução

Em um desfile impactante, as modelos de Valentino desfilavam peças coloridas, divertidas e vivas, ao som de uma trilha sonora clássica que envolveu a plateia, espalhada por diferentes salas.

O diretor criativo, Pierpaolo Piccioli, é um mestre na combinação de cores e, na nova coleção, misturou tons vibrantes entre si, combinou com os mais sóbrios, como o cinza, e encontrou o equilíbrio perfeito com elementos brilhantes — e, tudo isso, sem perder a elegância, nem tirar a atenção de sua silhueta impecável.

Em contraste com peças laranjas ou verdes, looks all black não ficaram deslocados, graças à transparência e aos recortes, que trouxeram frescor e jovialidade.

Viktor and Rolf

Fotos: Vogue Runway/Reprodução

A cada temporada, a dupla apresenta produções inusitadas que ganham as redes sociais (quem se lembra do desfile com vestidos de cabeça para baixo?).

Dessa vez, a trilha sonora de tecidos sendo cortados combinava com os vestidos picotados, todos em uma paleta de preto e bege.

Miss Sohee

Fotos: Vogue Runway/Reprodução

No desfile de sua etiqueta, a sul-coreana Sohee Park levou o público para uma nova temporada de Bridgerton, combinada a elementos inspirados em seu país de origem.

Seguindo uma estética regencial, a paleta ultracolorida destacou as peças bufantes e cheias de volume. A cintura marcada, a transparência e os decotes profundos são responsáveis por conferir sensualidade à coleção, que surpreendeu os convidados.

Zuhair Murad

Fotos: Vogue Runway/Reprodução

Franjas, brilhos e pedrarias — elementos que, na imaginação de Zuhair Murad, dão origem a obras de arte. Em um desfile que resgata as origens libanesas do designer e conquista mulheres do mundo inteiro, a etiqueta apresenta uma coleção luxuosa, com tecidos drapeados muito bem construídos, decotes que são, ao mesmo tempo, ousados e sofisticados, e silhuetas que exaltam a feminilidade.

Julie de Libran

Fotos: Vogue Runway/Reprodução

A designer francesa não parece encontrar dificuldades para trazer sofisticação e glamour para o tailleur. Se, em algum momento, os conjuntos de casaco e saia foram considerados muito formais, Julie mostra que é possível adaptá-los para diferentes ambientes.

Comente esse post!

Deixe seu Comentário