Compromissos para um novo tempo

O ano de 2022 começou e com ele a renovação de nossa esperança em nós mesmos e no mundo. Para mim, esse é o “Ano 2” da década mais importante na história da humanidade. A década em que decidiremos se vamos virar o jogo e construiremos um futuro viável para todos, ou se vamos seguir no ritmo de geração de excessos e escassez simultâneas que escolhemos produzir.

Como líderes comprometidas com a sociedade e o planeta, nos questionamos sobre nossa liderança e o impacto de nossa atuação na vida das pessoas.

Existe uma voz que sussurra dentro de muitos de nós.
Essa voz nos diz que estamos operando em um sistema econômico em que a “conta não fecha”.
Geramos muitos excessos e, ao mesmo tempo, muita escassez.
Excessos na casa em que vivemos, aquecendo o planeta, acidificando nosso solo, poluindo o ar que respiramos e por aí vai.
Escassez no que tange ao bem-estar humano físico, mental, emocional e espiritual.
E entre esse teto (os limites naturais do planeta) e essa fundação (o bem-estar humano), está a maneira como escolhemos gerar e gerir valor neste sistema econômico, no qual trabalhamos, influenciamos e alimentamos.

Precisamos construir um mundo viável, em que cada empresa possa contribuir para a regeneração da Terra, gerar bem-estar para as pessoas e claro, retorno econômico.

“Abra os olhos. Ouça. Ouça.” Ursula Le Guin

Calma. Também sentimos que quando falamos de mundo viável, parece algo distante e difícil.

Mas e, se, fizermos um zoom in, e trouxermos a escala de MUNDO para nossa atuação nas empresas?

Esse é o ponto chave da transformação. Compreendermos que a ação de cada uma de nós no dia a dia das empresas pode sim contribuir para ganharmos esse jogo. Não dá para terceirizar a responsabilidades para as próximas gerações, nem para o alta liderança, caso você não esteja em uma dessas posições. Nosso desafio é multi-geracional e não respeita hierarquias.

A boa noticia é que empresas sustentáveis tendem a ser cada vez mais prósperas no mundo que se apresenta a nós. Seja por convicção, por conveniência ou por constrangimento, todas terão que se adaptar, o mais rápido possível.

Então, meu convite a você, aqui nessa coluna, é percorrermos juntas caminhos possíveis que nos ajudem a viabilizar cada vez mais empresas sustentáveis, a partir da ação de cada uma nós.

Vamos juntas?

Um beijo,
Bruna Rezende