Influencers no metaverso

22/08/2022 - por Lelê Saddi

No último dia 01/08, a influenciadora Reis Rodrigues apresentou, em suas redes sociais, o lançamento do seu avatar para o metaverso. Batizada de Reis 2.0, a personagem com aparência bastante similar a de Reis, que é uma mulher preta, de 19 anos, fashionista e descolada, é mais que um marco na carreira digital da criadora de conteúdo, é a diversidade marcando presença nesse mundo virtual, que surgiu pela primeira vez em 1992, no livro Snow Crash, de Neal Stephenson, mas ganhou fama em outubro de 2021, com o anúncio de que o Facebook passaria a se chamar Meta, justamente em alusão ao metaverso.

Reis é a primeira influenciadora de moda preta brasileira a criar um personagem virtual, e espera que a sua versão 3D siga os mesmos passos da internacional Shudu, uma das modelos digitais mais bem pagas do mundo. “Enxerguei no metaverso a possibilidade de ocupar os espaços que ainda não ocupo, reforçando a pluralidade e a representatividade da mulher preta”, diz. Fora todo esse contexto político-social, a entrada para o metaverso é um movimento estratégico, com foco em um mercado muito promissor. De acordo com as estimativas da Bloomberg, a expectativa é que fundos que negociam investimentos relacionados ao metaverso podem chegar a movimentar US$ 80 bilhões até 2024. “É uma forma de alcançar mais pessoas e mais olhares do meu nicho, de me comunicar melhor com os mais jovens e de chamar a atenção das marcas que já estão presentes no meta ou que têm o desejo de surfar essa onda”, conta.

Antes de Reis, outros influenciadores já demarcaram seus espaços no metaverso. É o caso da Bianca Andrade, da Jordanna Maia e da Sabrina Sato, que lançaram seus avatares: a Pink, a Jords e a Satiko, respectivamente. Em entrevistas, Sabrina explicou que aposta na Satiko para atrair novos públicos. “Ela vai me ajudar a criar experiências totalmente novas, por exemplo, ela pratica esportes que eu não pratico, estará em lugares onde eu não posso estar. Terá uma personalidade muito mais livre e solta”, pontua a apresentadora. E várias marcas também estão apostando alto no meta, com suas influenciadoras virtuais 3D, como a Lu (do Magalu), a Iana (da Havaianas) e a Nat (da Natura).

O futuro do metaverso ainda é incerto. Porém, é inegável, que já existe uma economia girando ao redor desses produtos e serviços virtuais. Resta, agora, aguardar as cenas dos próximos capítulos.

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