Especial Rock: como os shows do momento falam sobre moda e comportamento

13/09/2022 - por Lella Parma

É fato que o gênero musical vem se reformulando ao longo dos anos e, como sempre, a moda vem acompanhando. Se hoje podemos datar cada movimento fashion do rock que aconteceu no passado, talvez o presente esteja sendo marcado pela paixão pelo Glam Rock. Uma nova roupagem de brilhos, atitudes exageradas, emblemáticas e com personalidades únicas fazem isso acontecer.

A edição de 2022 do Rock in Rio, um dos maiores festivais de música do mundo, teve seu fim no último domingo. Ao contrário do que muitos ainda pensam, a line-up deste ano provou que, de fato, o rock não está morto.

Mas engana-se quem acha que esse movimento se limita aos artistas. O público, dentro e fora do festival, já demonstrou estar muito interessado nesse movimento e a prova disso são os 6 bilhões de visualizações que a hashtag da nova banda febre #Måneskin possui no TikTok. Para os ouvintes, o mix de referências do rock clássico com referências contemporâneas da Geração Z é o que toma conta dos looks: a sensualidade, os brilhos e os tecidos típicos do rock como o couro e o jeans, foram protagonistas no festival.

Mesmo em seus primeiros registros nos anos 1950, o rock mostrou ser mais que um estilo de criar música e transitou para o âmbito da performance: artistas como Little Richard e Elvis Presley preenchiam os palcos com uma atitude revolucionária e um comportamento considerado rebelde para a época.

Seja qual fosse a vertente, essa atitude permaneceu presente ao longo da evolução do gênero, desde o glam rock de David Bowie ou o punk agressivo do Sex Pistols nos anos 1970 até o grunge melancólico do Nirvana dos anos 1990. Era tudo sobre o visual que representa um espírito do tempo, uma mensagem a se passar com cada letra, melodia e estilo de se vestir.

Voltando para 2022, o rock se reinventa com nomes que dão uma nova cara para a música. Um dos grandes destaques desse ano foi a banda italiana Måneskin, que mergulha tanto no visual e na atitude glam rock que hoje são os embaixadores globais da Gucci e possuem todos os looks assinados pela grife. Outro nome que agitou os palcos foi Demi Lovato, que sempre demonstrou ter referências no pop rock mas agora voltou com uma atitude mais agressiva e grandes referências visuais do punk.

Se por um lado vemos uma nova geração tomando continuando o legado do rock, por outro temos Avril Lavigne: ícone do rock emo nos anos 2000, a americana permanece relevante até hoje, se reinventando musical e visualmente, já que agora seu o glam rock também dá um “olá” em seus looks custom-made do designer Ashton Michael.

Seja como for, o rock’n’roll nunca morre!

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