A Paris Fashion Week começou nessa segunda-feira (26/02)

Paris é onde se encerra a temporada dos “Big Four” — isto é, os principais quatro eventos do nicho fashion. Depois de Nova York, Londres e Milão, a capital francesa é palco (ou, melhor, passarela) para a apresentação das coleções que devem ditar o tom do que será usado no outono de 2024.

Nos primeiros dias, enquanto o público começa a se aquecer para a semana, três marcas já elevaram a temperatura da Cidade-Luz com desfiles que deram o que falar. Enquanto Marie Adam-Leenaerdt constrói seu nome na moda, Anthony Vaccarello (Saint Laurent) e Maria Grazia Chiuri (Dior) mostram como conseguem manter em alta os nomes das marcas que lideram.

Confira, abaixo, um resumo das apresentações que chamaram nossa atenção até o momento.

Marie Adam-Leenaerdt

Pode anotar, este é um nome promissor na moda. A designer belga explora o guarda-roupa feminino sob diferentes perspectivas: em sua primeira temporada, dedicou-se ao vestuário para o ambiente de trabalho e, na segunda, a roupas festivas. Agora, a diretora criativa chama atenção para uma vestimenta específica: a saia.

No desfile em que apresentou a coleção de outono/inverno, Adam-Leenaerdt explora a versatilidade da peça e as várias possibilidades que oferece. As saias midi presentes em algumas produções se transformaram em blusas e vestidos em formato trapézio. Já os casacos ganharam golas que reproduzem a circunferência da cintura, e bolsas com zíperes horizontais podem ser desmontadas e transformadas (adivinhe!) na peça que foi ponto de partida para o show.

Se pudermos aplicar a girls’ math aqui, a conclusão seria: compre uma saia, ganhe um guarda-roupa completo. Bom investimento, né?

Reprodução: Vogue Runway

Dior

Em 1967, nascia a primeira coleção prêt-à-porter da casa, conhecida pelos vestidos de alta-costura. A linha, idealizada pelo então diretor criativo, Marc Bohan, foi intitulada Miss Dior e, agora, em 2024, é resgatada por Maria Grazia Chiuri. Na passarela de Paris, as peças da coleção de outono foram estampadas com ampliações do logotipo de uma arte publicitária daquela época, e o resultado foi similar a um grafite.

Outras referências à década de 1960 apareceram, como minissaias, colares alongados e sapatos estilo Mary Jane. Com saltos baixos, bermudas alongadas e casacos folgados, Chiuri entrega, mais uma vez, o conforto para a mulher-Dior.

Reprodução: Vogue Runway

Saint Laurent

Se as meias-calças são a peça-chave no outono, Anthony Vaccarello mostra que o tecido fino pode ser incorporado, na verdade, na produção completa. O que impressiona nos looks não é apenas o uso do material, mas também o domínio técnico sobre ele. Tão delicado (quem nunca desfiou a meia-calça antes mesmo de sair de casa?), ganhou diferentes formatos: blusas com golas alongadas, vestidos e saias-lápis (que, por sinal, foram combinadas a cintos de couro, que ganharam destaque sobrepostos ao material translúcido).

Vaccarello não decepcionou quem gosta de desfiles mais realistas, com peças que realmente podem ser usadas mais de uma vez. Além de explorar o conceito da meia fina, o diretor criativo apresentou, também, conjuntos de alfaiataria e casacos ideais para as temperaturas mais baixas em couro e pele.

Reprodução: Vogue Runway