A revolução do conforto, com Jogê

16/09/2021 - por We Pick

Por We Pick

Desde 2020 ficar mais tempo em casa nos trouxe maiores percepções sobre nosso corpo, nossa paz, nosso conforto. A marca Jogê, feita no Brasil, sentiu positivamente este impacto: as vendas aumentaram pela procura de peças suaves, que acolhem. Mas será que todas as marcas estavam preparadas para isso? A Jogê já tinha isso em seu DNA e aproveitou muito bem a onda desse comportamento caseiro. Janaína Luna, diretora de marketing da empresa, conta um pouco do que constrói a essência de uma marca brasileira, feminina, com foco em diversidade, sustentabilidade e amor ao corpo.

Quando vocês dizem que a Jogê é 100% brasileira, o que isso quer dizer na prática?
Significa que somos uma empresa de capital 100% nacional, fundadores e gestores brasileiros – além da mão de obra e produção também nacional. Em relação a matéria-prima, na coleção de inverno cerca de 10% dela é importada. Já no verão, é de cerca de 5%. As fábricas de tecidos locais muitas vezes usam fios importados uma vez que o Brasil não é produtor destes.

A marca emprega em seu quadro de funcionários 93% de mulheres, é isso? Elas ocupam cargo de chefia?
Exato. Das 10 unidades de negócio da empresa, apenas três têm homens em cago de liderança (como presidência, diretoria financeira e de franquias). Das funções gerenciais, apenas duas têm homens liderando a unidade de negócio: TI e Logística. Todas as demais áreas (vice-presidência, marketing, ecommerce, comercial, compras, supply chain, estilo são lideradas por mulheres.

Costureiras ajeitam o tecido para a produção de peça da Jogê ©️ Divulgação

E o que essa presença feminina traz para a atmosfera e para a eficiência da empresa?
O feminino, além do hard skills obviamente fundamental para o exercício das funções, aporta aos soft skills traços como zelo, dedicação, acolhimento e determinação. O jeito feminino de trabalhar também favorece a conversa mais fluída, aberta, transparente e colaborativa.

Quando falamos, por exemplo, sobre o que significa para uma mulher a “complexidade” de ter calcinhas para sair, para malhar, para menstruar, para transar… O entendimento é imediato, a identificação facilita e deixa tudo mais fluído e divertido. Para nós, também é importante apoiar o empreendedorismo feminino. Exemplo disso é a cola que utilizamos, que é feita com empreendedoras. Isso também faz parte da nossa causa de estimular o feminino potente.

Como vocês decidem o tema das coleções?
É um mix entre tendências e intuição. Um mix entre seguir nosso DNA, sem ficar refém de tendências, ao mesmo tempo que estamos atentar ao Zeitgeist. Temos muitas trocas entre estilo, marketing, comercial e, assim, geramos insights que terminam por definir o tema em si das coleções.

Por exemplo: a coleção verão 22 tem como temática “desejar” – que partiu de uma conexão com a intimidade feminina. O momento de estarmos com a vacinação trazendo esperança de retomar atividades prazerosas da vida nos deu o insight de uma estampa da coleção, que tem ilustrações de mulheres de mãos dadas, reforçando os desejos da luta do nosso feminino.

Coleção da Jogê traz peças confortáveis ©️ Divulgação

Vivemos um momento em que muitas pessoas passaram a trabalhar de casa e começaram a prestar atenção no conforto. Isso impactou nas vendas da Jogê?
Impactou sim, e positivamente. Diferente das marcas que tinham suas mensagens para o “ter”, para o exterior, nosso posicionamento sempre foi sobre o “ser”. Somos uma marca que falamos de beleza aliada ao conforto há muitos anos. Mostramos diversidade de biotipos há tempos também. Então, isso foi um reconhecimento praticamente natural dos consumidores encontrarem na Jogê o conforto que buscavam.

Quais peças foram as mais vendidas no ano passado?
As peças de homewear foram sem dúvida o grande destaque da última coleção de inverno. Os joggings voaram! Aquele pijama que não tem cara de pijama teve alto giro também.

Coleção da Jogê traz peças confortáveis ©️ Divulgação

“Lovewear”: o que é isso?
É aquela peça que você ama usar, que te faz sentir bem, que vira parte da sua pele. São os queridinhos do guarda-roupa, sabe?

Como é a relação da marca com as clientes? Vocês conseguem descrever alguns perfis das clientes Jogê?
A Jogê é muito plural. Talvez não seja uma marca para “iniciantes” – mas, uma vez descoberta a marca, quando a mulher já considera mais a qualidade do que a quantidade, ela não sai mais. A Jogê tem um mix que vai do sexy a maternidade, do jovem e ao clássico, da lingerie para compor looks a lingeries básicas do dia a dia. As consumidoras Jogê são mulheres que curtem fashion, que tem vida ativa, aquela mulher polvo que cada vez mais faz suas escolhas e elege suas prioridades (e sem querer levar o mundo nas costas). Mulheres conscientes de suas potências e em transformação para cada vez mais se aceitar.

Atualmente, a moda é cobrada por posicionamento, por sustentabilidade, por criação de uma imagem de diversidade. Como a Jogê lida com essas demandas?
Vivemos a diversidade na Jogê há muito tempo – somos uma empresa chancelada pelo “Livres e Iguais” da ONU. Então, na nossa comunicação isso aparece de forma muito inserida e natural. Por exemplo, no Dia dos Namorados, o casal de mulheres que participou da nossa campanha foi retratado da mesma forma que mostramos um casal heterossexual. Não precisamos usar de artifícios para exagerar esse retrato como algumas marcas fazem. Da mesma forma com mulheres mais velhas. A diversidade se mostra de forma harmônica para nós porque pertence a marca de verdade. Não fizemos três cliques com uma mulher negra só para nos defender no mercado , sabe?

Já a sustentabilidade, para nós, vem sobretudo na qualidade. É impossível falar de sustentabilidade sem falar de qualidade. Nossas peças duram em média quatro anos, isso reduz muito o descarte!

Janaína Luna, diretora de marketing da da Jogê ©️ Divulgação

Como você se organiza no seu dia a dia para ter uma rotina saudável e produtiva ao mesmo tempo?
Gestão de tempo é tudo! Acredito que culpamos a falta de tempo quando, de fato, não priorizamos o que fazer. Então, tenho minhas prioridades claras: acordo às 06h e durmo às 23h – o meu dia rende, mas me esforço para isso! Sou budista, rezo e medito todos os dias cedo e, na sequência, faço algum exercício que vario entre yoga, treino funcional, caminhada e tênis. Na soma, essa combinação me oxigena, me faz pensar melhor e, consequentemente, me faz sentir melhor!

Como tudo, e de tudo um pouco, sem excessos e sem restrições também. Escolho sair da rede social para ler um livro ou assistir um filme. Então, é realmente sobre escolher o que te importa.

E o que a Jogê pensa em trazer como storytelling neste futuro pós-pandemia?
Começamos agora com a temática do desejar e estimulando conversas sobre o que é conforto para as pessoas. As respostas têm sido muito legais e, em sua maioria, valorizam aspectos simples como colocar o pé na areia ou abraçar uma pessoa querida!

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