O corpo feminino sob o surrealismo de Schiaparelli na PFW

Reprodução: @schiaparelli

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Reprodução: @schiaparelli e Google Arts & Culture @googleartsculture

29/09/2022 - por Lella Parma

Abrindo mais um dia de Paris Fashion Week, a Schiaparelli (@schiaparelli) traz todo o surrealismo típico da marca para o verão. O diretor criativo Daniel Roseberry já é conhecido por reascender a marca com o frescor de uma moda artística e vanguardista, mas que faz questão de estar no closet de seu público.

Desta vez, Roseberry manipula as mais diversas facetas da marca, introduzindo características da marca da gala ao streetstyle: vestidos longos e drapeados se unem ao uso do jeans com aplicações belíssimas em dourado. Contudo, a trend dos looks all jeans não é a única aproximação de Schiaparelli com o cotidiano: peças em alfaiataria, como camisas, blazers e tailleurs aparecem com detalhes surrealistas como botões texturizados e formatos de rostos.

Tais rostos também são explorados por toda a coleção por Roseberry. Como uma ode ao corpo humano, o ar levemente cômico que vive no DNA na grife se faz presente em marcação de busto tridimensional — bem como botões que simulam mamilos —, bolsas com fechos de nariz e óculos com olhos pintados, além de bolsas com rostos literais construídos com pedrarias.

Assim como Elsa Schiaparelli costumava fazer, Daniel traz a arte para a moda: em uma referência ao fotógrafo surrealista Man Ray, o retrato “Le Violon d’Ingres”, de 1924 é resgatado para o contemporâneo com a excentricidade típica da casa. Mais uma vez, todos nossos sentidos são inundados pelo drama de Schiaparelli com modelagens bufantes, ombreiras marcadas e plataformas altíssimas, que se unem ao sexy com decotes profundos e a estampa do corpo humano no dourado.

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