29/01/2025 - por Izabella Toledo (@izabellatmelo)
Com plissados, bordados e seu exagero característico, o estilista apresentou a coleção de Alta-Costura da Valentino
Recém-chegado na Valentino, o diretor criativo da etiqueta italiana apresenta sua primeira coleção na Semana de Alta-Costura de Paris — afinal, a Gucci, sua ex-casa, nunca fez parte oficialmente da temporada.
A coleção, que ganhou o nome de “Vertigineux”, é inspirada nas listas e nas infinitas possibilidades que existem a partir delas — causando, então, o tal efeito-vertigem.
Em seu debut, Michele apresentou 48 looks, ou, 48 listas. Maximalistas, como seu criador, cada um deles combinou elementos materiais e imateriais: proporções, referências históricas e culturais, arquétipos visuais, geometria, botânica, tramas afetivas e pedaços de sua biografia e do fundador da casa.
Como adiantou no release pré-show, o estilista não desenhou vestidos-objeto, mas, sim, “um arquivo narrativo, onde combinações improváveis encontram harmonia, evocam diferentes culturas e fazem ressoar ecos de histórias passadas no presente”.
Se os excessos e exageros são uma marca registrada de Michele, o desfile de hoje é uma afirmação do italiano sobre sua própria identidade e sobre a tontura que um espectador desavisado pode sentir ao acompanhar suas apresentações extravagantes.
Para quem achou que, em algum momento, o criativo se renderia aos códigos da maison, é hora de aceitar: Michele é múltiplo e sabe combinar, como poucos, o DNA de uma grife luxuosa com sua estética brecholenta.