“Não Olhe para Cima” é sobre a verdade, e o amor

09/01/2022 - por Juliana Lopes

Já se imaginou em uma situação em que você se sente que algo muito terrível está para acontecer mas ninguém em torno de você acredita? Esperamos que não. Mesmo assim, indicamos esse filme que fala exatamente sobre isso: sobre pessoas que não acreditam, ou não querem acreditar, em tragédias. Esse texto não contém spoilers. 

Um dos lançamentos mais emblemáticos do ano de 2021 – ano que foi ainda bastante impactado pela pandemia, infelizmente – este filme vale muito a pena. Para quem ainda não viu, está na plataforma de streaming Netflix. O elenco é fortíssimo: Leonardo di Caprio, Jennifer Lawrence e Rob Morgan interpretando cientistas. Meryl Streep, uma espécie de Trump feminina, é no filme a presidente dos Estados Unidos. Cate Blanchett interpreta uma jornalista que, ao invés de encarar a realidade, faz chacota e piadas. Um cometa está prestes a atingir o Planeta Terra e parte da humanidade não acredita.

Existe um toque tragicômico neste filme. Que graça teria um filme de tragédia tratado de forma tão caricata? Talvez o ditado “rir para não chorar” caiba aqui. E, convenhamos: vivemos aqui fora das telas um tempo em que muitos riem da tragédia da pandemia e nem mesmo acreditam que ela existe. Quem não conhece um negacionista? Esse paralelo nos acompanha o filme todo. Será que vocês sentiram isso também? Comentem no nosso post do insta!

Nada mais trágico do que uma sociedade que não enxerga a verdade

Essa foi uma das mensagens do filme que nos impactou: nada pior do que prever uma real tragédia e ser ironizado pelos que não acreditam. O perigo se aproxima, o perigo pode ser evitado, a morte pode ser evitada, mas as pessoas… riem, ironizam, desprezam. É desesperador ver os cientistas dando a terrível notícia e ninguém se importar muito. Ou tentar trazer alguma positividade (tóxica) onde não há possibilidade para isso. 

A Internet pode produzir muitas informações… falsas

Tem muita informação hoje disponível mas é importante, muito importante, saber escolher. Narrativas são criadas sem o menor embasamento ou autoridade para tal. O resultado pode ser exatamente essa tragédia: pessoas vivendo num mundo paralelo,  desacreditando da própria realidade.

O que importa, no final, é o amor, a união

O que você salvaria na iminência de uma tragédia? Como você viveria seus últimos momentos de vida, sabendo que a humanidade pode acabar? É bonito como o filme traz, depois de tantos momentos absurdos, sutilezas de momentos com nossos afetos, família, amigos. Cenas corriqueiras de alguém levantando pra abrir um vinho, alguém que vem até a porta para te cumprimentar, alguém que elogia o prato que você cozinhou durante um jantar intimista. O filme pode te fazer passar raiva, mas também querer passar mais momentos de amor. Pelo menos é uma das visões que temos por aqui. Bom divertimento 🙂

 

 

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