Lelê Saddi e Cris Lotaif em um papo sincero e emocionante sobre maternidade

11/05/2024 - por Lelê Saddi

Lelê Saddi e Cris Lotaif

 

“O amor de mãe cresce a cada dia, mas o amor de avó explode a cada segundo”

Em homenagem ao Dia das Mães, convidei a minha mãe, Cris Lotaif, para um papo sincero e emocionante sobre maternidade. Falamos sobre os meus aprendizados nesse primeiro ano do Francisco, e de como ser a avó dele e da Catarina (de sete meses, filha do meu irmão Rodrigo) mudou a vida dela… para muito melhor!

Lelê pergunta para Cris:

Lelê: Mãe, como ser avó modificou a sua vida e a sua percepção de mundo?
Cris: Ser avó deixou meu mundo mais colorido, mais alegre, mais cheio de vida. É como se tivesse aberto um portal da felicidade, da realização e da imensidão do amor que só conheci com a chegada do Francisco, e, depois, da Catarina. Minha vontade é passar o tempo todo perto deles, e “amassar” essas crianças lindas.

Lelê Saddi e Cris Lotaif


Lelê: Fala a verdade: é mais gostoso ser mãe ou ser avó?
Cris: Eu acredito que ser mãe é a maior emoção da vida de uma mulher. Não existe nada que se compare ao momento de ser mãe. Fui mãe muito jovem, não sabia quase nada, fui aprendendo sobre a maternidade junto com você, filha, e foi uma delícia. O amor de mãe cresce a cada dia, mas o amor de avó explode a cada segundo. É uma coisa louca. Talvez seja uma questão de maturidade, da avó não ter o desgaste e toda a responsabilidade do dia a dia, mas a verdade é que a partir do momento em que o Francisco nasceu, nada mais me importou. Ser avó do Francisco e da Catarina é a melhor coisa do mundo!

Lelê: Qual a sua sensação ao me ver sendo mãe e desempenhando a maternidade no dia a dia?
Cris: Nossa, dá até vontade de chorar de tanta emoção. Ver aquele meu bebê, tão lindo, tão doce, que eu criei com tanto carinho, agora passar por toda essa experiência da maternidade, é uma das emoções mais tocantes que existem. É saber que o amor continua, que ele flui do meu coração para o seu, e do seu para o Francisco… é um sopro de vida maravilhoso!

Lelê: Mãe, você que já conquistou tanto, teve experiências lindas, também já venceu o câncer, qual o segredo da vida?
Cris: O amor. Não estou falando, aqui, daquele amor superficial, mas do amor profundo, do perdão, da aceitação, da soma, da multiplicação, da bondade. Sou grata porque tenho muitas pessoas pra amar, e isso me faz acordar todos os dias e seguir em frente. Também preciso falar da minha fé em Deus, que é inabalável, mesmo nos piores momentos. Os obstáculos sempre vão existir, mas o amor e a fé nos ajudam a passar por eles.

Lelê Saddi, Francisco e Cris Lotaif


Cris pergunta pra Lelê

Cris: Filha, o que você descobriu sobre você, que não sabia antes de ser mãe?

Lelê: Descobri que sou uma pessoa muito mais paciente do que eu achava que era, e que existe um amor que, de fato, eu não conhecia, que é muito maior e mais intenso que tudo que já senti. Sempre me falavam desse amor, mas não tinha ideia, não conseguia pensar em como ele poderia ser ainda maior que nos meus sonhos e pensamentos.

Cris: Como a maternidade mudou a sua forma de enxergar o mundo, a sua percepção sobre a vida e sobre você mesma?
Lelê: Mudou tudo! Antes, eu enxergava os problemas e os desafios com uma intensidade muito mais significativa, hoje o único problema que me aflige tem a ver com saúde, a do Francisco e a minha, porque eu preciso estar bem para cuidar dele. Todo o resto toma uma proporção menor, sabe? Eu tive um encontro muito feliz com a minha nova versão mãe, me sinto mais completa e muito grata por poder ver meu filho crescer e descobrir o mundo.

Lelê Saddi e Cris Lotaif

 

Cris: Quais são seus combustíveis da vida, que te fazem acordar e seguir todos os dias?
Lelê: Meu maior combustível é o Francisco, sem dúvida nenhuma. Quando eu abro meus olhos de manhã e penso que ele está me esperando acordado, já pulo da cama, busco ele no quarto, e trago pra minha cama, pra gente brincar juntos. É maravilhoso começar meu dia assim. Também busco ser uma pessoa cada vez melhor, quero ser o melhor exemplo para o
Francisco.

Cris: Eu sei o quanto a sua vida é corrida, filha. Como você consegue conciliar vida pessoal e profissional, ainda mais agora com o Francisco?
Lelê: Se eu já achava desafiador conciliar vida pessoal e profissional antes, porque sempre tive uma vida muito ativa, a chegada do Francisco ampliou demais essa sensação. A organização sempre foi o segredo pra dar conta de tudo, passei a ser ainda mais organizada, e trabalho com lista de prioridades. A grande questão é que a culpa vem junto com a maternidade, né? Me sinto culpada de estar no trabalho, longe do Francisco, e vice-versa. Busco o equilíbrio que sentia antes da maternidade. Sei que é uma questão de tempo e de um trabalho emocional para deixar a culpa de lado e entender como se desdobrar nesses muitos papéis.

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