Você já se perguntou qual o tamanho do poder de influência de um influenciador? No Brasil, é bem grande. Segundo a pesquisa Global Consumer Survey, da Statista, 45% dos brasileiros levam em conta a opinião de um criador de conteúdo para fazer uma compra. Esse é o índice mais alto do mundo atualmente. Para se ter uma ideia, em 2019, os consumidores da China eram os mais influenciados – 40% dos chineses contra 35% dos brasileiros, que ficavam em segundo lugar. Fato é que a influência dos influenciadores ganhou força nesse cenário pós-pandemia no mundo todo. Índia, Reino Unido e Estados Unidos foram alguns dos países onde a atuação dos creators ficou mais relevante em 2022, e mesmo os países que prestavam pouca atenção nos influencers, como a Dinamarca e o Japão, hoje veem ganhar força a tendência de confiar na opinião desses profissionais ao tomar decisões de compra.

“Pessoas criam conexões com outras pessoas”

Afinal de contas, por que a pandemia trouxe ainda mais força para o marketing de influência? Costumo dizer que a pandemia acelerou a transformação digital no momento em que as marcas precisaram apostar no marketing online para manter suas presenças e vendas durante o período de confinamento. Nesse contexto, os influencers foram valorizados como grandes parceiros estratégicos, sabendo da maior premissa das redes sociais: “pessoas querem ver outras pessoas”. Pessoas criam conexões com outras pessoas. Ao contrário de qualquer anúncio pago, os influenciadores trazem humanização e um aspecto de vida real às marcas. Trazem mais verdade, mais autenticidade, conseguindo, dessa forma, se aproximar do público, gerando identificação. É por essa razão que as pessoas tendem a confiar nas suas opiniões.

“Os influenciadores trazem humanização e um aspecto de vida real às marcas”

Se levarmos em conta, então, os micro e os nanoinfluenciadores, esse poder aumenta ainda mais. Como a relação é muito mais próxima, a comunicação se torna mais pessoal. A relação desse produtor de conteúdo com a sua audiência é pautada por credibilidade, valores e engajamento. Ou seja, temos na figura dele uma fonte altamente confiável, o que explica o enorme poder da sua influência.

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Coluna publicada originalmente no jornal Metro.