Chanel trouxe para sua passarela de Alta Costura uma continuação mais branda dos babados, enfeites e camadas que apareceram na temporada passada. Encontramos agora, como temos visto em Paris, uma busca pelos essenciais da marca de um jeito um pouco mais discreta. A presença do preto ao lado de outras cores neutras, a presença de suas silhuetas clássicos, os conjuntos de tweed.
Mas, ainda assim, encontramos a garota leve e “sacudida” que faz parte do espírito da Chanel.
A marca criou nos anos 20 do século passado uma imagem de uma mulher mais emancipada, uma garota livre que se permite viver com dinamismo em todas as idades. Uma menina “espevitada”, ainda que esteja nos moldes do glamour, do chic. Eram anos em que o conceito do moderno estava nas alturas, o chic sem complicação. Cem anos depois, quem diria, a marca ainda consegue inovar visitando essas mesmas referências.
Reparem nas pluminhas esvoaçantes, nas franjas e em cabelos curtos, bem “melindrosa”. Muito Charleston. Por isso sim, vemos o lado clássico de Chanel, o tweed que talvez hoje possa soar mais envelhecido, mas também encontramos espaço para a mesma garota esvoaçante, romântica e esperta do século passado.