Mandar Currículo Adianta, Sim

Bruna Fioreti

Bruna Fioreti

Coach de vida e carreira
18/04/2017 - por Bruna Fioreti

Nem tudo é indicação nesse mundão de meu Deus! É o que conta Bruna Fioreti, coach e jornalista, que teve uma nova visão do CV depois de entrevistar a diretora de RH do Google

Vai dizer que nunca pôs a culpa no QI profissional por não conseguir se encaixar numa empresa maior ou subir de cargo?! Veja bem, o “quem indica” existe super, e é por isso que você já leu trocentas vezes que fazer networking é importante. Acontece que, no afã de culpar a vida por não ter nascido na turma certa, a gente se esquece de fazer o básico: mandar currículo.

Já ouço as lamúrias daqui: “Eu mando e nunca dá em nada”… Claro que a maioria das pessoas manda currículo, e manda pra muita gente. Mas existem dois lados nessa moeda a considerar…

CV: os dois erros mais comuns
1) o erro de mandar currículo já descrente, disparar para todos de maneira impessoal só pra cumprir tabela. Nem vamos entrar aqui em pensatas sobre como a atitude derrotista barra vitórias, vamos nos ater aos fatos mesmo… As pessoas percebem quando o e-mail é genérico e deletam mesmo. Você para pra ler quando vê que tem uma cabeça pensante do outro lado.

2) outro erro é só mandar currículo e não tentar nenhuma abordagem criativa ou “fazer um follow” depois. Se a ideia é cadastrar o currículo num banco de dados, vá lá, você cadastra e torce. Mas se você está mandando para uma pessoa, seja ela do RH ou um chefe em potencial, faça algo mais. O que além de mandar o currículo para a base de dados da empresa você pode fazer para ser notado? Taí um questionamento que vale a pena fazer.

Dica da diretora do Google
Olha o que me disse a Mônica Duarte, diretora de RH do Google, recentemente: “O currículo continua sendo a porta de entrada para a maioria das pessoas na maioria das empresas. É uma oportunidade de se apresentar, dizer quem é, o que faz, o que fez. E você tem todo o tempo do mundo para fazer o currículo, então não pode ter erro! Nem mentir: dizer que tem inglês fluente e não ter?! As pessoas do mercado se falam,e a mentira não se sustenta”.

E aí volto ao meu ponto inicial: disparar (bons) currículos adianta assim. Mas tem jeitos e jeitos. Como uma pessoa que recebe muitos CVs pedindo emprego – antes na revista Glamour e agora no UOL Estilo –, posso dizer que pega mesmo MUITO mal ter erro de português, de formatação, de informação…

Outra coisa: excesso de formalidade na apresentação soa estranho para algumas empresas – por exemplo, para um jornalista novato que quer trabalhar numa redação moderna. E, por fim, é preciso encontrar o limite entre a autoestima, a arrogância e o pedido desesperado – é deprimente ver alguém com um currículo fraquíssimo cheio de formalidades e exigências, mas é também estranho lidar com pedidos desesperados. É currículo, é trabalho, é preciso postura já na primeira abordagem.

Conte o que sabe
Não tenho fórmula pra você acertar, nem a diretora do Google tem. Mas o que não fazer, acho que agora você meio que já sabe. E lembre que ser sucinto no CV não é escrever tuites: explique o que fez na empresa anterior, suas habilidades e tal para que alguém do outro lado desperte para sua existência… e possa conhecer o profissional incrível que você é. Você é, não?

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